Desmatamento na Amazônia cai quase pela metade
O Deter, sistema de detecção do desmatamento em tempo real, registrou uma queda em
maio de 44% em relação a abril de 2011. Ação do Gabinete de Crise foi decisiva para reduzir
de 477,2 Km² para 267,9Km².
O desmatamento na Amazônia caiu 44% no último mês de maio se comparado com
o mês de abril deste ano. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (30/6) são do
Sistema Deter, do Inpe, que mede o corte raso e a degradação da floresta em
tempo real. A área desmatada, captada pelos satélites que monitoram o bioma,
registrou uma redução este mês de mais de 200 Km², o que aponta uma tendência
de queda.
O recuo de 477,2 Km², para 267,9 Km² é explicado pelo Ministério do Meio
Ambiente como consequência das duras medidas adotadas nos meses de março e
abril pelo Gabinete de Crise. Formado em março, após o anúncio de crescimento do
desmate, a força tarefa integrada pelo Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal, Força Nacional de Segurança e o Exército, intensificou suas ações tanto no
combate ao desmatamento ilegal, quanto no patrulhamento das rodovias por onde
a madeira ilegal é transportada.
O número de alertas emitidos para orientar o Ibama nas fiscalizações dobrou, o
que indica que os satélites conseguiram captar com mais precisão as imagens do
desmatamento na Amazônia. O tempo mais aberto permitiu uma melhor
visualização. De janeiro a junho deste ano foram embargados 500 Km² na região e
apreendidos mais de 30 caminhões de toras de madeira ilegal. Além disso, sete
novos municípios foram incluídos na lista dos maiores desmatadores, sujeitos a
medidas especiais de fiscalização, que subiu para 48.
O Ibama colocou 400 fiscais somente no Mato Grosso, nas áreas mais sensíveis,
realizando operações onde havia crescimento registrado pelo sistema de
monitoramento. O estado continua respondendo pelas maiores taxas de
desmatamento. Em maio foram 93,67 Km², cerca de 35% do total. Em segundo
lugar veio Rondônia, com 67,17 Km². Os municípios que mais desmataram foram
Porto Velho (RO), com 41,8 Km² , seguido de Altamira, no Pará, com 21,3 Km² .
Os dados do Deter revelam, ainda, que em maio de 2011 o desmatamento na
Amazônia superou os números dos anos de 2009 e 2010 para o mesmo mês.
Porém, com a ressalva de que em anos anteriores, o sistema de detecção captou
áreas maiores que as atuais (2,92 Km² ), contra áreas de menos de um quilômetro
quadrado este ano. Isso demonstra que a tendência dos desmatadores é cortar
áreas cada vez menores em maior número.
Fonte: MMA – 01.07.2011
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